16/04/2011

A volta por cima de Vinícius Hess

Volante supera problemas e agora espera novas oportunidades


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por G3 FutSports

Jogador atuou pelo Atlético-PR

O volante Vinícius Hess, 23 anos, sentiu o mundo desabar sobre sua cabeça quando, em novembro do ano passado, foi denunciado por uso de doping. Ao lado do também volante Tarcísio, quando atuava pelo do Ituiutaba (MG, o jogador foi flagrado no exame antidoping após a partida contra a Chapecoense, no dia 9 de outubro, pelas quartas de final da Série C do Campeonato Brasileiro. No exame de urina, foi encontrada a substância diurética femproporex, que reduz o apetite e faz parte dos estimulantes proibidos pela Comissão Nacional de Controle de Dopagem da Confederação Brasileira de Futebol. Denunciado no artigo 2.1 do Código Mundial Antidoping, cuja pena máxima prevista é de dois anos, Vinicius foi afastado preventivamente por 30 dias.

No primeiro julgamento, os jogadores afirmaram que na coleta da urina não foi utilizado o material exigido pela FIFA (garrafa de vidro), tendo sido utilizada garrafa plástica, o que não garante a inviolabilidade do material após a coleta. Mesmo assim, ambos foram condenados a um ano de suspensão. “Tanto eu quanto o Tarcísio não tomamos nenhum remédio. A única coisa em comum entre nós era o suplemento alimentar que o clube nos fornecia”, relembrou Vinicius. Inconformados com o resultado do julgamento, os atletas entraram com recurso para absolvição ou redução da pena. “Nesse tempo, eu já estava cumprindo a pena voluntariamente e, inclusive, perdi algumas propostas para jogar no início do ano. Fiquei seis meses sem receber, sendo que já estava acertado para ir jogar em Portugal”, lamentou o volante.

A boa notícia veio na semana passada. Em novo julgamento, mais uma vez defendido pelo advogado Carlos Portinho, o atleta conseguiu, pela maioria dos votos, reduzir a pena para seis meses – período já cumprido pelo atleta. Mantendo a forma física no CT do Caju, do Atlético-PR, clube no qual foi revelado, Vinícius não esconde a ansiedade em voltar aos gramados. “Acredito muito no meu trabalho. Passei por seis meses difíceis, uma situação que eu nunca imaginei passar. Mas tive o apoio de todas as pessoas que trabalharam comigo. Pensei em desistir, já que eu poderia pegar dois anos de suspensão, mas minha família me ajudou muito nesse tempo todo e tive muita paciência e tranquilidade”.

Daqui para frente, o volante quer esquecer o período difícil que ficou longe das atividades e espera propostas. “Só de poder jogar eu já fico feliz. Quero resgatar esse tempo que passei sem fazer o que gosto. Futebol é meu trabalho, meu sustento, além do meu lazer. Estava muito confiante, até porque não fiz nada de errado, mas não nego que senti medo em não poder mais jogar”, revelou.

Prestes a voltar a encantar com seu futebol que mostrou no Atlético-PR e Botafogo-SP, Vinicius resumiu sobre como seu problema serviu de lição. “Passei algumas noites sem dormir e aprendi muito com isso. Uma das lições é ter cuidado redobrado com o doping e até estudar um pouco sobre isso, pelo menos o básico. A maioria dos atletas acha que isso nunca vai acontecer e, de repente é pego de surpresa, como aconteceu comigo. Outra lição é q a gente nunca está sozinho. Recebi muitas mensagens de apoio nesse tempo, muitas pessoas me ofereceram ajuda e sou muito grato por isso”, finalizou.

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